2016/11/30

Livro de Colares


LIVRO DE COLARES
Foi apresentado em 26 de Novembro na Escola Profissional Alda Brandão de Vasconcelos (EPAV), a monografia de Colares, da autoria de Maria Teresa Caetano. 





2016/11/15

X ENCONTRO DE BANDAS FILARMÓNICAS DO CONCELHO DE SINTRA


TERMINA ESTE FIM DE SEMANA, NA S.R.M. ALMOÇAGEME, O X ENCONTRO DE BANDAS FILARMÓNICAS DO CONCELHO DE SINTRA

Sábado dia 19
21h00 – Banda da Sociedade Filarmónica e Recreio de Pêro Pinheiro
22h00 – Banda da União Mucifalense
23h00 – Banda da Sociedade Filarmónica Instrução e Recreio Familiar de Lameiras

Domingo dia 20
16h00 – Banda da Sociedade Filarmónica de Nª Sª da Fé do Monte Abraão
17h00 – Banda da Sociedade Filarmónica União Assaforense
18h00 – Banda dos Bombeiros Voluntários de Colares

2016/11/11

BANDA DOS B.V. DE COLARES



BANDA DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE COLARES
Entrega de diploma e condecorações a músicos.  





 

FORAL DE COLARES

FORAL DE COLARES
Lançamento durante a sessão solene Evocativa dos 500 anos do Foral de Colares, da edição limitada Colares Doc Tinto 2007 e Branco 2013.


FORAL DE COLARES

FORAL DE COLARES
Realizou-se ontem na Adega Regional de Colares, a sessão solene evocativa dos 500 anos do Foral Manuelino de Colares.
O evento serviu também para o lançamento de uma edição limitada de vinho de Colares alusiva ao acontecimento.
Esteve também patente uma exposição – Colares Memória e Identidade.O momento musical, esteve a cargo das três bandas de música da freguesia que tocaram em conjunto (bandas de Almoçageme, Colares e Mucifal).

 

2016/11/09

Núcleo Sportinguista de Almoçageme

Núcleo Sportinguista de Almoçageme
24º. Aniversário
 

2016/11/08

FORAL DE COLARES

COMEMORAÇÕES DOS 500 ANOS DO FORAL DE COLARES

2016/11/07

        BOMBEIROIS VOLUNTÁRIOS DE COLARE
INICIATIVAS


2016/11/01

Tuna Euterpe União Penedense

Assim se vê a grandeza e humildade do povo do Penedo, onde tudo fazem para não deixar cair uma instituição com 91 anos.
Na foto,D. Rosa a presidente da Tuna Euterpe União Penedense, despida de preconceitos, sobe ao palco e discursa de avental.
"Abençoada Terra que tais filhos tens".



2016/10/31

BANDA DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE COLARES 
125º. ANIVERSÁRIO


2016/05/31

2016/05/09

Festival das Sopas / 2016


Festival das Sopas / 2016
Organização da Associação Humanitário de Bombeiros Voluntários de Colares

No sábado, dia 30 de Abril de 2016 a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Colares realizou o 5º Festival das Sopas.
O festival teve início por volta das 19h30m, na parada do parque inferior e salão festas, contou com cerca de 650 pessoas, número que segundo a organização “tem vindo a aumentar de ano para ano.”
Cafés, restaurantes, pastelarias, talhos, padarias e mercearias da zona, juntamente com a Junta de freguesia de Colares, a Funerária São João das Lampas e alguns particulares deram uma ajuda preciosa ao contribuírem com os seus donativos alimentares e/ou monetários.
O Conjunto Trio Maravilha fez as delícias de quem por lá passou e quis dar um pezinho de dança.
“Os momentos que antecederam ao festival foram de grande ansiedade, pois existe sempre receio de que falte algum pormenor”, afirmou a organização.
O empenho, o espirito de equipa e a entre ajuda de um grupo de senhoras e bombeiros que em conjunto trabalharam na montagem do espaço e na recolha das sopas foi fundamental para que o 5º Festival das Sopas corresse da melhor forma.

A todos que tornaram possível a realização deste evento

                                     Bem Hajam - Bombeiros Voluntário de Colares
 
 

2016/04/07

Mulheres-Silêmcio


MULHERES-SILÊNCIO

Meu nome é Joana Santos, um nome tão vulgar entre tantos outros que vivem ou viveram a mesma experiência que eu. Não há histórias únicas, há histórias que às vezes parecem prolongamento da nossa própria vida tão grande é a coincidência de palavras e de dores. Vou contar as minhas.

               Por onde começar? As palavras há muitos anos que se resignaram e a coragem gastou-se na paciência com que fui preenchendo meu destino.

               Meu marido chama-se João Serpa, tem 68 anos de idade e esteve quase dois anos na Guiné a cumprir a sua comissão como soldado integrado numa Companhia de Caçadores. Ele é, por conseguinte, um das centenas de milhares de militares enviados para o Ultramar e rotulados de ex-combatentes, um rótulo que define uma geração inteira. Ex-combatente é um símbolo de abandono, de esquecimento, exatamente aquilo que a Pátria fez e faz a todos quantos foram empurrados para África para defender as nossas ex-colónias.

                     Meu marido chegou da Guiné são e salvo, graças a Deus, mas nosso drama, contudo, começou certa manhã quando, ao acordar, se queixou de fortes dores de cabeça. Levantou-se com esforço, vacilante, e dirigimo-nos de seguida ao hospital de Viseu. Pensava eu, naquele instante, que seria problema de visão, e daí ter marcado consulta para oftalmologia. No final da consulta o médico mandou sair meu marido e pediu para eu ficar para me dizer em surdina: o seu marido precisa de psiquiatra! Segui a instrução e fomos ao psiquiatra – e desde esse dia nunca mais paramos! O médico disse que aquilo era esgotamento. Pior que isso: stress de guerra. Naquela altura, porém, pouco ou nada se sabia o que isso representava. Ninguém me dizia, ou não queria dizer, o que realmente era isso. Tivemos de ir vivendo com o problema como podíamos, tendo como lenitivo possível os comprimidos receitados que nós seguíamos à risca.

                      A partir desse dia, então com 32 anos, casados há quatro anos apenas, meu marido ingeria vários comprimidos por dia na tentativa de debelar o mal: uns eram para o deixar calmo, outros para o deixarem dormir. De homem calmo e jovial que era, e com o passar do tempo e o avanço da doença, começou a ser impaciente e as vezes agressivo portando-se duma forma nunca imaginada. Era um homem muito diferente do que eu conhecera e que me atraíra ao ponto de casar com ele. Como é natural foi piorando ano após ano. Dormia muito mal. Havia noites que se levantava aos berros imitando o som das metralhadoras como se estivesse debaixo de fogo. Resmungava por tudo e por nada, intolerante para mim e até para o Rui Miguel, nosso único filho, tornando a vida difícil lá em casa. Não podíamos bater portas, o barulho incomodava-o tremendamente, e não se podia ouvir a música num volume elevado – porque tudo isto o irritava. Sentava-se na cadeira, meio apático e olhar mortiço, à espera que o tempo rolasse, como se o instante de agora fosse repetitivamente o mesmo de amanhã! Como tinha mudado! Aquele não era o meu marido! Quantas lágrimas não chorei no meu silêncio!

               Fui obrigada a deixar meu emprego de educadora infantil para vir para casa ocupar-me totalmente dele. No seu vigésimo aniversário o Rui Miguel chegou a casa por volta das duas da manhã. O pai dormia. Apesar de todos os cuidados, sabendo sobejamente que não podia fazer barulho, de repente a porta bateu e o estrondo ecoou pela casa. Foi o suficiente. Sobressaltado, de repente, e em pleno silêncio da noite, o meu João levantou-se a gritar “os turras vêm aí” vezes sem conta. Quando chegámos à beira dele tinha a cabeça escondida debaixo dos Lençóis e o corpo todo enrolado como que a proteger-se do ataque. Meu filho e eu tentámos acalmá-lo, mas em vão. Então o Rui Miguel fez-me sinal com a cabeça para eu sair e ainda tive tempo para o ver deitar-se ao lado do pai em silêncio e abraçando-o forte num gesto protetor. E ali ficou sem tempo na noite, simplesmente acalmando o pai através do seu abraço carinhoso! Cá de fora ouvi seu soluçar a misturar-se com os gritos do pai cada vez menores até se calarem de vez… O amor sobrepusera-se ao drama mental.  

                    Não saímos de casa porque o João não tolera o ruido dos carros. Deixamos de almoçar fora de casa. Ao mínimo som que se aproxime de rajada, ou mesmo quando, sem querer, algum filme que passe na televisão e que envolva tiros, ele deita-se imediatamente no chão e diz sempre a mesma coisa: protejam-se! Os turras vêm aí!

                 Há quase de 30 anos que vivo isto. Se precisa de ir ao médico, incapaz de se deslocar sozinho, tenho de ser eu a acompanhá-lo; para tomar os comprimidos sou eu quem os dá e diz quais. Ele não consegue viver sem mim qual criança a quem temos de dizer faz isto ou faz aquilo. E eu, incapaz de deixá-lo, fiel à promessa de honrá-lo até ao fim como jurado no dia do casamento, tornei-me o seu anjo da guarda para tudo. E vou honrá-lo até ao fim!

                   Todavia, às vezes assume por momentos quase a normalidade e tem gestos surpreendentes. Na semana passada, por exemplo, colocou debaixo do travesseiro um pequeno bilhete rabiscado com letra irregular em que docemente escrevinhou: tu és o anjo da minha vida! Meigo como noutros tempos… Recuperação momentânea do homem bom que ele era e que a guerra tinha destruído!

                    Outras vezes, simplesmente, aperta a minha mão e fica a olhar para mim com aqueles olhos grandes de menino mimado sem proferir uma só palavra. Eu entendo o que ele quer dizer, e aperto a sua sorrio e aconchego-o a mim. E mais que uma vez vi-lhe os olhos húmidos… Nesses instantes de semi-consciência dou-me conta que ele tem noção do seu estado doentio!               

                 Dentro de mim, contudo, sempre uma dor disforme e infinda. Meu destino é este, então só me resta levar tudo até ao fim com conformismo e coragem. E muitas lágrimas à mistura…

Alfredo Maioto
P. Coura, 01/03/2016

PS :  DEDICADO A TODAS AS MULHERES-SILÊNCIO DESTE PAÍS!
                          
             

2016/03/03

DORES SEM NOME



Mais um excelente “Escrito” do meu Colega e Amigo A. Maioto.
Este trabalho é um exemplo daquilo que aconteceu a milhares de colegas nossos, durante o período da guerra colonial.

DORES SEM NOME
 
Em mim a noite mais escura de toda minha vida. Todo meu ser foi arrastado para uma escuridão de sombras sinistras como se alguém, maquiavelicamente pérfido, tivesse queimado todo meu corpo de luto. Atónito, perplexo, no meu triste enlouquecer as dores nem me permitiam sequer chorar, que seria um bálsamo, e os pensamentos, esses, ziguezagueavam no fundo do mundo que afinal era tão só a enormidade desfigurada da minha alma!

Maquinalmente deixei escorregar o corpo, pesado como uma Berliet, para o chão barrento e encostei-me ao embondeiro enorme, de ramos fortes e tronco corpulento, alargando a vista pelo acaso onde o sol se desvanecia a cada segundo…

                      Então tu chegaste. Silencioso, sem proferir uma letra sequer ao ver-me assim prostrado, e sentaste-te a meu lado, ficando depois mudo a observar o por do sol por cima das copas das árvores. Para nós, naquela tarde qualquer dum dia sem nome, naqueles instantes o tempo não existia, e se existisse nós éramos os senhores absolutos para podermos destrui-lo ou compô-lo a nosso bel-prazer. A dor dilacerava-me as entranhas…

                         Sem te olhar estendi-te o aerograma que segurava nas mãos, e pelo canto do olho acompanhei sem querer, desinteressadamente, o teu gesto em abri-lo com calma já prevendo o pior e depois a leitura. Leste-o duas vezes. Depois, com a mesma calma com que o abriste, fechaste-o com um carinho comovente como se duma relíquia se tratasse, pousando-o depois na mão que eu estendi.

                        Nada disseste. Nem uma letra sequer, nem um som! O sol já se tinha ido embora deixando em sua substituição os primeiros tons da noite. Pareceu-me, na solidão do tempo em que mergulhei, que minhas dores nunca mais iriam sarar, e a cada segundo que passava elas aumentavam de tamanho. E uma lágrima, e várias, e muitas, sustidas até aí a tanto custo, finalmente irromperam de meus olhos molhando a camisa do camuflado que envergava. E chorei como nunca tinha chorado, o corpo tremente e a alma incapaz de aguentar o sofrimento. Foi então que, num segundo de lucidez, ouvi teu choro. Tu choravas comigo. Tu, meu amigo Carlos, também choravas minhas dores!

                      Pareceu-me que, aniquilado pelo desgosto, o tempo passou por nós velozmente, e que tempos sem rosto tinham passado desde que Caíra a primeira lágrima. Trazida pela brisa, melifluamente, qual nota tirada dum violino, no lusco-fusco da noite tu simplesmente disseste quase em segredo:

                - Sei o que é isso. Também perdi o meu dois meses antes do embarque.

            No aldeamento, sentados junto às palhotas, os aldeãos, arrancados de suas terras e centralizados na aldeia para maior controle dos movimentos dos turras, ocupavam-se do jantar, enquanto a noite ia escurando cada vez mais. E num sopro de novo tu: 

             - Como lamento perderes teu pai! Não sei que dizer! Não sei…

           Acreditei em ti, tinha a certeza absoluta que se tivesses esse poder nas mãos o usavas para curar minha tristeza! Deste uma palmada suave no meu braço, de seguida levantaste-te e estendeste a mão para me ajudar a erguer. E, quando eu já estava de pé, olhaste para mim e de repente, num gesto espontâneo, estreitaste-me nos braços dum jeito que nunca ninguém me tinha abraçado, naquela linha tão ténue onde se escreve a amizade e se sente a fraternidade. Começaste a caminhar e eu, sem me dar conta, segui-te, e teus passos conduziram-nos até à cantina do indiano Shami situada ali a uns duzentos metros.

                Depois o tempo deixou de existir entre as palavras e as estrelas refulgentes. Na noite e no calor da cerveja, entre lágrimas e o cheiro do capim, despejei toda minha dor. Falei de meu pai e das memórias que guardava dele, falei do homem simples e bom que ele era, evoquei seu nome e seu humor. Soltei a alma e as recordações!

 E tu, meu amigo, ouviste, ouviste atentamente com os olhos indesmentivelmente molhados de quem tinha chorado. Ambos sabíamos bem na pele a perda dum pai! Falámos de muita coisa menos da guerra que éramos obrigados a viver todos os dias. Sobre a nossa guerra nem uma palavra como se ela nem fizesse parte de nossas vidas.

          Naquela noite qualquer dum tempo qualquer, eu aprendi contigo o significado da verdadeira amizade e a sabedoria de saber ouvir!

         Naquela noite, na cantina descaiada do indiano Shami, tu foste meu irmão!
 
Alfredo Maioto
P. Coura, 26/01/2015
       
          

2016/02/01

Moto Clube do Mucifal

Foi num ambiente festivo de grande convívio e camaradagem que o Moto Clube do Mucifal assinalou no passado sábado dia 30, na União Mucifalense, o seu 17.º aniversário.
Numa festa que foi aberta a toda a comunidade Motar e não só, houve animação musical a cargo do Grupo Musical Ténis Bar.