2016/12/09
2016/11/30
Livro de Colares
LIVRO
DE COLARES
Foi
apresentado em 26 de Novembro na Escola Profissional Alda Brandão de
Vasconcelos (EPAV), a monografia de Colares, da autoria de Maria Teresa
Caetano. 2016/11/25
2016/11/23
2016/11/15
X ENCONTRO DE BANDAS FILARMÓNICAS DO CONCELHO DE SINTRA
TERMINA ESTE FIM DE SEMANA, NA
S.R.M. ALMOÇAGEME, O X ENCONTRO DE BANDAS FILARMÓNICAS DO CONCELHO DE SINTRA
Sábado dia 19
21h00 – Banda da Sociedade
Filarmónica e Recreio de Pêro Pinheiro22h00 – Banda da União Mucifalense
23h00 – Banda da Sociedade Filarmónica Instrução e Recreio Familiar de Lameiras
Domingo dia 20
16h00 – Banda da Sociedade Filarmónica
de Nª Sª da Fé do Monte Abraão 17h00 – Banda da Sociedade Filarmónica União Assaforense
18h00 – Banda dos Bombeiros Voluntários de Colares
2016/11/11
FORAL DE COLARES
FORAL DE COLARES
Lançamento durante a sessão solene Evocativa dos 500 anos do Foral de Colares, da edição limitada Colares Doc Tinto 2007 e Branco 2013.
Lançamento durante a sessão solene Evocativa dos 500 anos do Foral de Colares, da edição limitada Colares Doc Tinto 2007 e Branco 2013.
FORAL DE COLARES
FORAL DE COLARES
Realizou-se ontem na Adega Regional de Colares, a sessão solene evocativa dos 500 anos do Foral Manuelino de Colares.
O evento serviu também para o lançamento de uma edição limitada de vinho de Colares alusiva ao acontecimento.
Esteve também patente uma exposição – Colares Memória e Identidade.O momento musical, esteve a cargo das três bandas de música da freguesia que tocaram em conjunto (bandas de Almoçageme, Colares e Mucifal).
Realizou-se ontem na Adega Regional de Colares, a sessão solene evocativa dos 500 anos do Foral Manuelino de Colares.
O evento serviu também para o lançamento de uma edição limitada de vinho de Colares alusiva ao acontecimento.
Esteve também patente uma exposição – Colares Memória e Identidade.O momento musical, esteve a cargo das três bandas de música da freguesia que tocaram em conjunto (bandas de Almoçageme, Colares e Mucifal).
2016/11/09
2016/11/08
2016/11/01
Tuna Euterpe União Penedense
Assim se vê a grandeza e humildade do povo do Penedo, onde tudo fazem para não deixar cair uma instituição com 91 anos.
Na foto,D. Rosa a presidente da Tuna Euterpe União Penedense, despida de preconceitos, sobe ao palco e discursa de avental.
"Abençoada Terra que tais filhos tens".
Na foto,D. Rosa a presidente da Tuna Euterpe União Penedense, despida de preconceitos, sobe ao palco e discursa de avental.
"Abençoada Terra que tais filhos tens".
2016/10/11
2016/10/09
2016/10/08
2016/10/06
2016/06/17
2016/05/31
2016/05/27
2016/05/09
Festival das Sopas / 2016
Festival
das Sopas / 2016
Organização
da Associação Humanitário de Bombeiros Voluntários de Colares No sábado, dia 30 de Abril de 2016 a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Colares realizou o 5º Festival das Sopas.
O festival teve início por volta das 19h30m, na parada do parque inferior e salão festas, contou com cerca de 650 pessoas, número que segundo a organização “tem vindo a aumentar de ano para ano.”
Cafés, restaurantes, pastelarias, talhos, padarias e mercearias da zona, juntamente com a Junta de freguesia de Colares, a Funerária São João das Lampas e alguns particulares deram uma ajuda preciosa ao contribuírem com os seus donativos alimentares e/ou monetários.
O Conjunto Trio Maravilha fez as delícias de quem por lá passou e quis dar um pezinho de dança.
“Os momentos que antecederam ao festival foram de grande ansiedade, pois existe sempre receio de que falte algum pormenor”, afirmou a organização.
O empenho, o espirito de equipa e a entre ajuda de um grupo de senhoras e bombeiros que em conjunto trabalharam na montagem do espaço e na recolha das sopas foi fundamental para que o 5º Festival das Sopas corresse da melhor forma.
A todos que tornaram possível a realização deste
evento
Bem
Hajam - Bombeiros Voluntário de Colares
2016/04/27
2016/04/22
2016/04/12
2016/04/11
2016/04/07
Mulheres-Silêmcio
MULHERES-SILÊNCIO
Meu nome é Joana
Santos, um nome tão vulgar entre tantos outros que vivem ou viveram a mesma
experiência que eu. Não há histórias únicas, há histórias que às vezes parecem
prolongamento da nossa própria vida tão grande é a coincidência de palavras e
de dores. Vou contar as minhas.
Por onde começar? As palavras há
muitos anos que se resignaram e a coragem gastou-se na paciência com que fui
preenchendo meu destino.
Meu marido chama-se João Serpa,
tem 68 anos de idade e esteve quase dois anos na Guiné a cumprir a sua comissão
como soldado integrado numa Companhia de Caçadores. Ele é, por conseguinte, um das
centenas de milhares de militares enviados para o Ultramar e rotulados de
ex-combatentes, um rótulo que define uma geração inteira. Ex-combatente é um
símbolo de abandono, de esquecimento, exatamente aquilo que a Pátria fez e faz a
todos quantos foram empurrados para África para defender as nossas ex-colónias.
Meu marido chegou da Guiné
são e salvo, graças a Deus, mas nosso drama, contudo, começou certa manhã
quando, ao acordar, se queixou de fortes dores de cabeça. Levantou-se com esforço,
vacilante, e dirigimo-nos de seguida ao hospital de Viseu. Pensava eu, naquele
instante, que seria problema de visão, e daí ter marcado consulta para oftalmologia.
No final da consulta o médico mandou sair meu marido e pediu para eu ficar para
me dizer em surdina: o seu marido precisa de psiquiatra! Segui a instrução e
fomos ao psiquiatra – e desde esse dia nunca mais paramos! O médico disse que
aquilo era esgotamento. Pior que isso: stress de guerra. Naquela altura, porém,
pouco ou nada se sabia o que isso representava. Ninguém me dizia, ou não queria
dizer, o que realmente era isso. Tivemos de ir vivendo com o problema como
podíamos, tendo como lenitivo possível os comprimidos receitados que nós
seguíamos à risca.
A partir desse dia, então
com 32 anos, casados há quatro anos apenas, meu marido ingeria vários
comprimidos por dia na tentativa de debelar o mal: uns eram para o deixar
calmo, outros para o deixarem dormir. De homem calmo e jovial que era, e com o
passar do tempo e o avanço da doença, começou a ser impaciente e as vezes
agressivo portando-se duma forma nunca imaginada. Era um homem muito diferente
do que eu conhecera e que me atraíra ao ponto de casar com ele. Como é natural
foi piorando ano após ano. Dormia muito mal. Havia noites que se levantava aos
berros imitando o som das metralhadoras como se estivesse debaixo de fogo. Resmungava
por tudo e por nada, intolerante para mim e até para o Rui Miguel, nosso único
filho, tornando a vida difícil lá em casa. Não podíamos bater portas, o barulho
incomodava-o tremendamente, e não se podia ouvir a música num volume elevado –
porque tudo isto o irritava. Sentava-se na cadeira, meio apático e olhar
mortiço, à espera que o tempo rolasse, como se o instante de agora fosse
repetitivamente o mesmo de amanhã! Como tinha mudado! Aquele não era o meu
marido! Quantas lágrimas não chorei no meu silêncio!
Fui obrigada a deixar meu
emprego de educadora infantil para vir para casa ocupar-me totalmente dele. No
seu vigésimo aniversário o Rui Miguel chegou a casa por volta das duas da manhã.
O pai dormia. Apesar de todos os cuidados, sabendo sobejamente que não podia
fazer barulho, de repente a porta bateu e o estrondo ecoou pela casa. Foi o
suficiente. Sobressaltado, de repente, e em pleno silêncio da noite, o meu João
levantou-se a gritar “os turras vêm aí” vezes sem conta. Quando chegámos à
beira dele tinha a cabeça escondida debaixo dos Lençóis e o corpo todo enrolado
como que a proteger-se do ataque. Meu filho e eu tentámos acalmá-lo, mas em
vão. Então o Rui Miguel fez-me sinal com a cabeça para eu sair e ainda tive
tempo para o ver deitar-se ao lado do pai em silêncio e abraçando-o forte num
gesto protetor. E ali ficou sem tempo na noite, simplesmente acalmando o pai
através do seu abraço carinhoso! Cá de fora ouvi seu soluçar a misturar-se com
os gritos do pai cada vez menores até se calarem de vez… O amor sobrepusera-se
ao drama mental.
Não saímos de casa porque o
João não tolera o ruido dos carros. Deixamos de almoçar fora de casa. Ao mínimo
som que se aproxime de rajada, ou mesmo quando, sem querer, algum filme que
passe na televisão e que envolva tiros, ele deita-se imediatamente no chão e
diz sempre a mesma coisa: protejam-se! Os turras vêm aí!
Há quase de 30 anos que vivo
isto. Se precisa de ir ao médico, incapaz de se deslocar sozinho, tenho de ser
eu a acompanhá-lo; para tomar os comprimidos sou eu quem os dá e diz quais. Ele
não consegue viver sem mim qual criança a quem temos de dizer faz isto ou faz
aquilo. E eu, incapaz de deixá-lo, fiel à promessa de honrá-lo até ao fim como
jurado no dia do casamento, tornei-me o seu anjo da guarda para tudo. E vou
honrá-lo até ao fim!
Todavia, às vezes assume por
momentos quase a normalidade e tem gestos surpreendentes. Na semana passada,
por exemplo, colocou debaixo do travesseiro um pequeno bilhete rabiscado com
letra irregular em que docemente escrevinhou: tu és o anjo da minha vida! Meigo
como noutros tempos… Recuperação momentânea do homem bom que ele era e que a
guerra tinha destruído!
Outras vezes, simplesmente,
aperta a minha mão e fica a olhar para mim com aqueles olhos grandes de menino
mimado sem proferir uma só palavra. Eu entendo o que ele quer dizer, e aperto a
sua sorrio e aconchego-o a mim. E mais que uma vez vi-lhe os olhos húmidos…
Nesses instantes de semi-consciência dou-me conta que ele tem noção do seu
estado doentio!
Dentro de mim, contudo, sempre
uma dor disforme e infinda. Meu destino é este, então só me resta levar tudo até
ao fim com conformismo e coragem. E muitas lágrimas à mistura…
Alfredo Maioto
P. Coura, 01/03/2016
2016/03/17
2016/03/16
2016/03/15
2016/03/03
DORES SEM NOME
Mais um excelente “Escrito” do meu Colega e Amigo A.
Maioto.
Este trabalho é um exemplo daquilo que aconteceu a
milhares de colegas nossos, durante o período da guerra colonial.
DORES SEM NOME
Em mim a noite mais
escura de toda minha vida. Todo meu ser foi arrastado para uma escuridão de
sombras sinistras como se alguém, maquiavelicamente pérfido, tivesse queimado todo
meu corpo de luto. Atónito, perplexo, no meu triste enlouquecer as dores nem me
permitiam sequer chorar, que seria um bálsamo, e os pensamentos, esses, ziguezagueavam
no fundo do mundo que afinal era tão só a enormidade desfigurada da minha alma!
Maquinalmente deixei
escorregar o corpo, pesado como uma Berliet, para o chão barrento e encostei-me
ao embondeiro enorme, de ramos fortes e tronco corpulento, alargando a vista
pelo acaso onde o sol se desvanecia a cada segundo…
Então tu chegaste. Silencioso,
sem proferir uma letra sequer ao ver-me assim prostrado, e sentaste-te a meu
lado, ficando depois mudo a observar o por do sol por cima das copas das
árvores. Para nós, naquela tarde qualquer dum dia sem nome, naqueles instantes
o tempo não existia, e se existisse nós éramos os senhores absolutos para
podermos destrui-lo ou compô-lo a nosso bel-prazer. A dor dilacerava-me as
entranhas…
Sem te olhar
estendi-te o aerograma que segurava nas mãos, e pelo canto do olho acompanhei
sem querer, desinteressadamente, o teu gesto em abri-lo com calma já prevendo o
pior e depois a leitura. Leste-o duas vezes. Depois, com a mesma calma com que
o abriste, fechaste-o com um carinho comovente como se duma relíquia se
tratasse, pousando-o depois na mão que eu estendi.
Nada disseste. Nem uma
letra sequer, nem um som! O sol já se tinha ido embora deixando em sua
substituição os primeiros tons da noite. Pareceu-me, na solidão do tempo em que
mergulhei, que minhas dores nunca mais iriam sarar, e a cada segundo que
passava elas aumentavam de tamanho. E uma lágrima, e várias, e muitas, sustidas
até aí a tanto custo, finalmente irromperam de meus olhos molhando a camisa do
camuflado que envergava. E chorei como nunca tinha chorado, o corpo tremente e
a alma incapaz de aguentar o sofrimento. Foi então que, num segundo de lucidez,
ouvi teu choro. Tu choravas comigo. Tu, meu amigo Carlos, também choravas minhas
dores!
Pareceu-me que,
aniquilado pelo desgosto, o tempo passou por nós velozmente, e que tempos sem
rosto tinham passado desde que Caíra a primeira lágrima. Trazida pela brisa, melifluamente,
qual nota tirada dum violino, no lusco-fusco da noite tu simplesmente disseste
quase em segredo:
- Sei o que é isso. Também perdi o meu dois meses antes do embarque.
No aldeamento, sentados junto às palhotas,
os aldeãos, arrancados de suas terras e centralizados na aldeia para maior
controle dos movimentos dos turras, ocupavam-se do jantar, enquanto a noite ia escurando
cada vez mais. E num sopro de novo tu:
- Como lamento perderes teu pai! Não
sei que dizer! Não sei…
Acreditei em ti, tinha a certeza
absoluta que se tivesses esse poder nas mãos o usavas para curar minha tristeza!
Deste uma palmada suave no meu braço, de seguida levantaste-te e estendeste a
mão para me ajudar a erguer. E, quando eu já estava de pé, olhaste para mim e de
repente, num gesto espontâneo, estreitaste-me nos braços dum jeito que nunca
ninguém me tinha abraçado, naquela linha tão ténue onde se escreve a amizade e
se sente a fraternidade. Começaste a caminhar e eu, sem me dar conta, segui-te,
e teus passos conduziram-nos até à cantina do indiano Shami situada ali a uns duzentos
metros.
Depois o tempo deixou de
existir entre as palavras e as estrelas refulgentes. Na noite e no calor da
cerveja, entre lágrimas e o cheiro do capim, despejei toda minha dor. Falei de
meu pai e das memórias que guardava dele, falei do homem simples e bom que ele
era, evoquei seu nome e seu humor. Soltei a alma e as recordações!
E tu, meu amigo, ouviste, ouviste atentamente
com os olhos indesmentivelmente molhados de quem tinha chorado. Ambos sabíamos bem
na pele a perda dum pai! Falámos de muita coisa menos da guerra que éramos obrigados
a viver todos os dias. Sobre a nossa guerra nem uma palavra como se ela nem
fizesse parte de nossas vidas.
Naquela noite qualquer dum tempo
qualquer, eu aprendi contigo o significado da verdadeira amizade e a sabedoria de
saber ouvir!
Naquela noite, na cantina descaiada do
indiano Shami, tu foste meu irmão!
P. Coura, 26/01/2015
2016/03/01
2016/02/03
2016/02/01
Moto Clube do Mucifal
Foi num ambiente festivo de grande convívio e
camaradagem que o Moto Clube do Mucifal assinalou no passado sábado dia 30, na
União Mucifalense, o seu 17.º aniversário.
Numa festa que foi aberta a toda a comunidade Motar e não só, houve animação musical a cargo do Grupo Musical Ténis Bar.
Numa festa que foi aberta a toda a comunidade Motar e não só, houve animação musical a cargo do Grupo Musical Ténis Bar.
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