2006/07/31

MÃE-PÁTRIA

Para que da nossa memória, não se apague aquilo que foi o sofrimente de uma geração
MÃE-PATRIA

UM DIA A MÃE-PÁTRIA DISSE:
- FILHO, PRECISO DE TUA VIDA!
E NADA MAIS DISSE! TAMBÉM NÃO ERA PRECISO:
PERCEBI TUDO! SEM O MINIMO LAIVO DE SORRISO
DUMA FORMA TÃO DESPIDA,
AFIRMAVA QUE EU TERIA DE OBEDECER
COMO UM FILHO LEGÍTIMO, SEM CONTESTAÇÃO,
SERVI-LA MESMO CONTRA MEU QUERER,
OBEDECER MESMO CONTRA TODA A RAZÃO!
E A MAE-PÁTRIA NADA MAIS DISSE...
E ASSIM, SEM QUE EU O PERMITISSE,
PEGOU EM MINHA SINA
E DESPEJOU-ME NO PORÃO DE UM BARCO NAUSEABUNDO
COM RESQUICIOS DE ESCRAVATURA,
ONDE O SOL NÃO ENTRAVA NEM A LIMPEZA
NOS ARES UM CHEIRO IMUNDO
A URINA.
DEPOIS PONTAPEOU-ME LA PRO FUNDO
FEITO CAVALGADURA,
DE CASTIGO, ESQUECIDO,
ESFOMEADO,
ENJOADO,
CORDEIRO SEM DIREITO SEQUER A UM GEMIDO,
SUGANDO ATE AO TUTANO MINHA FORTALEZA!
DEPOIS MOÇAMBIQUE, TERRA DE MACUAS E MACONDES,
TERRA ONDE A EMBOSCADA SE ESCONDE
POR ENTRE O MEDO E O CAPIM
NUM CORROPIO SEM FIM.
E QUANDO VOLTEI NÃO ERA O MESMO. VOLTEI
CANSADO, CORPO ROTO, A MENTE ENRUGADA
DE DORES QUE SÓ EU SEI...
E DEI POR MIM
A VER, APAVORADO, QUE MEUS SONHOS
TINHAM O GOSTO DE PESADELOS,
QUE MINHAS MANHÃS ERAM ENREGELADAS
E AS LEMBRANÇAS FUSTIGADAS
POR SORDIDOS FLAGELOS...
O MÉDICO DISSE ENTÃO: É ESGOTAMENTO!
E MINHA CABEÇA RODOPIAVA, PERDIDA,
CAIS SEM CHEGADA NEM PARTIDA,
SEM ATINAR COM OS SONHOS QUE DESCAMBARAM...
E EM PÁNICO DESCOBRI QUE MINHA ALMA,
OUTRORA AVE FERTIL EM CICIOS E EM CALMA,
NÃO SABIA CURAR SEUS PRÓPRIOS FERIMENTOS...
E MEDOS FANTASMAS TOMARAM
CONTA DE MIM.
FUI TER COM A PÁTRIA A PEDIR AJUDA.
ENTÃO ELA, A MINHA MAE-PÁTRIA QUE UM DIA
ME EXIGIU A VIDA, OLHOU PARA MIM SEM ME VER,
BOCEJOU, ESPREGUIÇOU-SE, E POR FIM,
NUMA VOZ IMPERCEPTIVEL E SISUDA,
CANSOU-SE SÓ EM DIZER:
- QUEM ÉS?
PRESSUROSO LOGO DISSE MEU NUMERO MECANOGRÁFICO,
EXIBI ORGULHOSO A CADERNETA MILITAR,
FALEI DE MEU DESALINHO,
DISSE-LHE QUE PRECISAVA TER DE VOLTA A MINHA FÉ,
O MEU CAMINHO,
A MINHA FORÇA, O MEU TEMPO DE VOAR...
E A CUSTO, À SUCAPA, SEM NUNCA ME OLHAR
NOS OLHOS, A PÁTRIA DISSE ANDAR OCUPADA
COM A REVOLUÇAO,
QUE LAMENTAVA MUITO MAS NÃO PODIA FAZER NADA,
NEM SEQUER CUIDAR DE MEU PÃO..
E, DE TÃO CANSADA, ASMÁTICA, LOGO LHE FALTOU O AR...
EM 33 ANOS NUNCA FALOU COMIGO,
NUNCA TEVE TEMPO PARA UMA CONVERSA
BREVE QUE FOSSE, DE MÃE
PARA FILHO,
NUNCA TEVE UM GESTO AMIGO...
MAGNÍFICA NA INDIFERENÇA,
SUBLIME NA AUSÊNCIA...
MAS EU PEDIA TÃO POUCO!
PORQUE O QUE EU, POBRE EMPECILHO
MAS NÃO LOUCO,
QUERIA MESMO, ERA DESCANSAR EM SEU REGAÇO,
SENTIR SUAS MAOS ACARICIAREM MINHAS DORES
PARA, ASSIM, AMANSAR MEUS CANSAÇOS,
E DEPOIS DORMIR, DORMIR NA VENTURA
DE SABER QUE ELA AINDA SE LEMBRAVA DE MIM.
E EU FICARIA FELIZ NA EMOÇÃO DE VER, ENFIM,
NO SEU ROSTO ALGUMA TERNURA...
SO QUERIA, AFINAL, QUE ELA FOSSE CAPAZ
DE ME DIZER:
- FILHO, ESTOU ORGULHOSA DE TI!
E DUMA VEZ POR TODAS EU FICARIA EM PAZ!
NÃO QUERO ESMOLAS, NÃO QUERO FAVORES,
SO QUERO A GRATIDÃO E O RESPEITO!
QUERIA ERA APAGAR DO PEITO
ESTA MAGÔA DE SABER QUE FUI ESQUECIDO
COMO QUADRO BOLORENTO E APODRECIDO
NA PRATELEIRA DUMA CASA DE PENHORES
QUALQUER,
TAL QUAL UM LIVRO QUE SE DEITA
FORA
PELA SIMPLES RAZÃO DE JÁ TER SIDO LIDO,
OU QUAL AMOR QUE SE REJEITA,
OU QUAL PALÁCIO ONDE NINGUEM MORA...
MAS QUE PÁTRIA É ESTA, AFINAL?
QUE MAE É ESTA QUE TÃO MAL TRATA
SEUS FILHOS, PORTANDO-SE DE FORMA TAO INGRATA,
COMO SE O FILHO FOSSE GERADO NALGUM BACANAL
E QUE DEPOIS NÃO O QUER RECONHECER?
QUE PENA QUE MINHA PÁTRIA NÃO SAIBA MEU NOME
SEMPRE TÃO OCUPADA COM A REVOLUÇAO
QUE A CONSOME
QUE NEM TEMPO TEM PARA VER QUE O MEU PÃO
NA BOLSA DE ALGUEM HÁ MUITO SE SUMIU...
CANSEI! NÃO QUERO TER UMA MÃE ASSIM, INGRATA E INFAME! !
QUE LIXE TUDO! ENTAO QUE SE DANE
A MAE-PÁTRIA QUE ME PARIU!
a.maio

Sede da Sociedade


Dia 1 de Agosto pelas 22:00, integrado no anivesário, realiza-se um concerto da Banda regida pelo maestro João Oliveira.
Cara D'Anjo

2006/07/29

Feira ao Largo

Realizou-se hoje no largo da Igreja Matriz de Colares, o segundo Mercado com o nome “Feira ao Largo”. Esta iniciativa tem como objectivo dinamizar o Centro Histórico de Colares. A ideia inicial era contar com a presença de alfarrabistas, artesanato, vinhos regionais, produtos de agricultura biológica e muita animação.
Esta tarde, passei por Colares para uma visita à Feira. Fiquei impressionado com a boa organização. Havia realmente um pouco de tudo, mas do vinho de Colares nem rastos. Com pelo menos duas adegas a laborar em pleno, não haveria a possibilidade de expor meia dúzia do tão precioso néctar que tanto dignifica a nossa Terra?.
Cara D’Anjo

2006/07/28

Lavadouros das Azenhas do Mar

Segundo informações que recebi, não oficiais, os Lavadouros das Azenhas do Mar vão ser alvo de uma intervenção de fundo. Diga-se em abono da verdade, se isso não acontecer muito em breve teremos mais uma ruína na nossa Terra. É lamentável a quantidade de edifícios que se encontram em ruínas na nossa Freguesia, sendo a grande maioria de particulares.
Cara D’Anjo

GRANDE PASSEIO DE VERÃO 2006

GRANDE PASSEIO DE VERÃO 2006 - Passeio à Reserva Natural das Berlengas (06/AGO/2006)
Ninho de piratas e corsários, reserva ambiental, santuário de aves, paraíso natural. Tudo isto coexiste na
Reserva Natural das Berlengas. A ALAGAMARES realiza este ano o seu passeio de Verão visitando estas ilhas, em jornada a realizar dia 6 de Agosto próximo. Com partida e chegada a Galamares, Caves de S. Martinho (partida às 7h; chegada às 22h30) far-se-á passeio de barco, visita ao Forte de S. João Baptista e visita ambiental guiada. Almoço com tudo incluído na Berlenga. Possibilidade de praia e visita às grutas.


Música e bom ambiente, para retemperar foças e conviver, eis a nossa opção deste ano, depois da memorável jornada na Arrábida com os golfinhos em 2005. Antes do embarque será efectuada visita ao Forte de Peniche, que acolhe o Museu local e as celas onde estiveram presos políticos nos anos 50 e 60, nomeadamente Álvaro Cunhal e outros opositores ao regime do Estado Novo. Reservas para o info@alagamares.net ou 918626893.. Preços: Associados-50 euros; Não-Associados 60 euros; Crianças até 12 anos-45 euros.
Cara D'Anjo

2006/07/27

Provérbio da Semana

"Depois da batalha, aparecem os valentes...!"

Susana

2006/07/26

O Trânsito no Banzão

Não é um caso para policia, nem para sinalização, mas sim de falta de educação e respeito.
Todos nós sabemos que a Rua da Liberdade é uma rua com bastante movimento, por ela passa grande parte do trânsito do Mucifal, quer num sentido e noutro. Quando se chega ao cruzamento do Banzão a situação é quase sempre caótica, quem vai ao banco estaciona do lado direito, quem vai ao café e à outra caixa multibanco estaciona do lado esquerdo, como a via tem dois sentidos o resultado é que se vê na foto.
Cara D'Anjo

2006/07/25

Dia Dos Avós



A Velhice

“… Maria conta que o seu neto pequeno, com a curiosidade de alguém que ouviu uma nova palavra, lhe perguntou:
- Avó, o que é a velhice?
Na fracção de segundo antes da resposta, Maria fez uma verdadeira viagem ao passado. Lembrou-se dos momentos de luta, das dificuldades e das decepções.
Sentindo todo o peso da idade e da responsabilidade nos seus ombros, tornou a olhar para o neto e respondeu-lhe:
- Olhe para o meu rosto, disse ela. Isto é a velhice.
E imaginou o garoto vendo as suas rugas e a tristeza nos seus olhos. Qual não foi a sua surpresa quando, depois de alguns instantes, o menino respondeu:
- Avó, como a velhice é bonita!... “
(
www.portaldafamília.org)

Hoje, dia 26 de Julho comemora-se o Dia dos Avós. Este dia foi escolhido por ser o Dia de Santa Ana e São Joaquim, pais de Maria e avós de Jesus Cristo.
A todos os Avôs e Avós da nossa freguesia os nossos votos de muitos anos a acarinhar e paparicar os vossos netos.
Felicidades!
Susana

2006/07/24

O Poder Do Não

O poder do não

Um não ás vezes tem um poder muito grande sobre a vida de determinadas pessoas.
Há pessoas que deixam de viver a beleza da vida e a delicadeza dos sentimentos por causa de um não...
No mundo há muitas pessoas que vive reprimidas,
que raramente deixam transparecer o que estão sentido de verdade por medo de levar um não.
Um não para elas é muito doloroso e fere profundamente.
A vida das pessoas que foram marcadas pelos nãos é muito difícil...
Porque quando elas tenta demonstrar o que sentem e são rejeitadas...
Elas sentem uma dor muito profunda no fundo da sua alma,
uma dor que dilacera o coração.
Que faz com que elas se sintam como um nada na vida...
Para não se sentirem um nada...
Elas simplesmente vivem à margem da vida.
Pois o medo que têm de viver os sentimentos ou mesmo demonstrá-los é mais forte do que elas.
Só entende e sabe o efeito de um simples não quem vive esse drama existencial dentro de si.
A alma de quem sofre por causa do não,
chora sua dor em um pranto profundo e silencioso...
Nada e nem ninguém neste mundo poderá ajudar.
Pois por sua causa não...
A alma dessas pessoas é um redemoinho de conflitos e muito complexa.
E no mundo ninguém quer saber de ajudar, pois não sabem como alcançar a alma dessas pessoas.
Tudo que resta para essas pessoas é somente viver sem esperança de ser livres do seu grande conflito interior.
L. Alves

2006/07/23

Noites de Colares

Ontem sábado, dia 22-07-06 realizou-se mais um espectáculo na Várzea de Colares.
A Banda dos Bombeiros Voluntários de Colares foi a convidada, deliciando o público com uma soberba actuação.

Cara D'Anjo

2006/07/22

Viagens ao Passado










Hoje sábado, dia 22 de Julho de 2006, faz 69 anos que se realizou o I Congresso Nacional da Impressa Regionalista (22 de Julho de 1937).
Do programa, fazia parte uma visita à nossa tão afamada Adega Regional de Colares.
Foi ainda servido um lanche acompanhado com o delicioso Vinho de Colares.
Cara D'Anjo

2006/07/21

Iniciativas nas nossas Praias

Neste Verão as nossas praias vão ser palco de vários ateliers de sensibilização, destinados a ensinar os mais novos e suas famílias, a preservar recursos tão importantes como a água.
O primeiro será o “Protecção Solar e Água” que terá a duração de 30 minutos a decorrer entre as 10 e as 12 horas, e cumprirá o seguinte calendário :

- 24 de Julho (Praia da Adraga)
- 25 de Julho (Praia Grande)
- 26 de Julho (Praia das Maçãs)

Aproveite uma ida à praia para desfrutar desta oportunidade de aprender e ensinar.

Susana Nota: Mais informações no site www.cm-sintra.pt

2006/07/20

Viagens ao Passado

Quando a Televisão não existia e o Jornais não abundavam, era assim que se fazia a propaganda da nossa linda Terra.
Colares e Praia das Maçãs eram os grandes pólos de atracção da época.
Este belo exemplar está datado de 1938
Cara D'Anjo

Provérbio da semana

Água mole em pedra dura, tanto dá até que fura!

2006/07/19

O Regresso da Mãe Babada

Todos os anos a Praia Grande é “invadida” durante o mês de Julho por pequenos banhistas que, perante o olhar atento das professoras e auxiliares, aproveitam ao máximo o sol e o mar.
No meio das brincadeiras com a areia, dos banhos de mar e correrias próprias da idade, pudemos encontrar, apenas numa ida à praia, o Infantário Drª.Mª.Luz Sobral, o Centro Paroquial de Colares, o ATL Jogos e Letras, entre muitos outros.

Susana

As brincadeiras na água - Infantário M.L.Sobral

O desporto na areia - ATL Jogos e Letras

O passeio pela Praia - Infantário M.L.Sobral

Grupo com a visita da Amiga Patarru - Infantário M.L.Sobral

O grupo do ATL - Jogos e Letras

2006/07/18

Vivemos Num Barril de Pólvora

“A Serra de Sintra com seu frondoso arvoredo, as suas quintas e palácios, a sua riqueza botânica, os seus amplos horizontes e belas paisagens, constituem um dos conjuntos mais valiosos do património florestal nacional. Situada junto ao litoral beneficia de um clima temperado e húmido, favorável ao desenvolvimento de um exuberante manto vegetal.”
Todas estas características tornam a serra de Sintra num paraíso e também num verdadeiro barril de pólvora.
Já reparou que a nossa serra tem cerca de 90% da sua área, fora dos parques camarários, inundada de mato rasteiro, canas, acácias, etc? E se por obra do clima ou por mão criminosa se iniciar um incêndio grave na nossa serra? Ardemos todos?
Os terrenos privados, e não só, não são limpos há décadas e as acessibilidades para os veículos prioritários são muito deficientes.
Não seria possível o governo e autarquias fazerem algo para obrigar e incentivar os proprietários dos terrenos a efectuarem a sua limpeza?
Talvez ficasse mais barato para todos nós, se houvesse um desconto nas contribuições pagas sobre o imóvel para quem mantivesse a sua área em condições.
Susana

2006/07/17

Belezas da Minha Terra

Foto tirada da Rua Cândido dos Reis, antiga Rua da Cruz. As interessantes estátuas pertencem ao portal da quinta da fonte velha. Ao fundo é bem visível o Palácio da Pena e no lado esquerdo o Castelo dos Mouros.
Foto dedicada a alguém que nos visita todos os dias na zona de Charenton-Le-Pont (França).
Cara D'Anjo

2006/07/16

Homenagem

Esta tarde, a comissão organizadora do Círio em honra de S. Lourenço, organizou um churrasco no qual foram entregues diplomas, às pessoas que de uma ou de outra forma contribuíram para que aquele Círio fosse um tremendo êxito.
Cara D’Anjo



Noites de Colares

Integrado nas Noites de Colares organizado pela Junta F. Colares, assistiu-se na Várzea de Colares a mais um magnifico espectáculo de Música.
A primeira parte foi preenchida pela Orquestra Regional de Colares, que interpretou lindas canções, como tão bem ela sabe fazer. Na segunda parte actuou o Coro da A.I.P.R. do Mucifal, que deliciou com o público com algumas belas obras. O seu grau de qualidade está a atingir tal qualidade que é caso para dizer, aonde é que irá parar!...
Cara D’Anjo

Orquestra Regional de Colares

Coro da A.I.P.R.Mucifal

Aspecto do público

2006/07/15

Fio de Prumo

Dizia o meu avô que fazer bem ou fazer mal, o esforço era o mesmo.
Depois do excelente trabalho efectuado pela Junta de Freguesia na Praia das Maças e Praia Grande a diversos niveis, eis que alguem resolveu mostrar como tambem se pode abandalhar com rapidez e eficiencia.
Aproveitando esta oportunidade que nos dão, resolvemos efectuar um QUIZ muito ao estilo Eurosondagem (os tais onde o PS ganha sempre) para sabermos
o que pensam os nossos leitores sobre este assunto..

2006/07/14

Associação Alagamares

Pelo que me foi dado a conhecer, a Associação Alagamares, tem na forja mais uma das suas magnificas iniciativas.

6 DE AGOSTO PASSEIO DE BARCO E VISITA ÁS ILHAS BERLENGAS,COM ALMOÇO E VISITA DO FORTE DE PENICHE.FIQUEM ATENTOS AO PROGRAMA NO SITE DA ALAGAMARES
AUGUST THE 6TH ALAGAMARES SUMMER PROMENADE BERLENGAS ISLANDS BY BOAT.INCLUDES LUNCH AND VISIT TO PENICHE MEDIEVAL COMPOUND.news in brief at
www.alagamares.net

Cara D'Anjo

2006/07/13

Provérbio da semana

Da discussão, nasce a luz ...
Susana

Assim é que é...parabéns Chafariz

Ontem, depois de ter publicado o post “Desisto…Os porcos venceram”, tinha prometido não mais voltar a falar no assunto, mas hoje pela manhã fui confrontado com uma situação que de forma alguma me poderia calar. O chafariz existente no centro da Praia das Maçãs, que no próximo mês completa a linda idade de 100 anos, foi presenteado antecipadamente por alguém da Praia, ligado ao ramo da restauração, que lhe resolver oferecer uma refeição completa de picanha.
Cara D'Anjo
São bem visíveis os restos de comida (arroz, batatas fritas, feijão e bife).

2006/07/12

Desisto… os “Porcos” venceram

Ao longo da minha vida tenho entrado em várias “guerras”, sem nunca perder. A guerra que iniciei há pouco tempo contra os “Porcos” desta linda Freguesia tem sido muito difícil, chegou o momento de dizer: Desisto… perdi, os “Porcos” venceram. Este inimigo, os “Porcos”, é difícil de combater pois ele ataca cobardemente pela calada da noite. O sonho de ver a minha Freguesia florida e limpa, não passou de isso mesmo, um sonho. No meio disto tudo o que me entristece é que a maioria dos “Porcos” não são “Porcos” naturais desta terra, mas sim “Porcos” importados.
Cara D'Anjo

2006/07/11

Ermida da Peninha

Peninha e ruínas da Capela de S. Saturnino
Na Serra de Sintra, no cume da alta elevação sobranceira ao
mar e que descai sobre ele, ergue-se a Ermida de Nossa Senhora da Peninha, (Freguesia de Colares), cuja origem remontará ao século XVI. Este templo de linhas puras e simples foi edificado no topo de um enorme penhasco granítico de difícil acesso, estando pois em perfeito isolamento num lugar onde se desfruta de um dilatado panorama que domina para sul, e na totalidade, a barra do Tejo, estendendo-se o seu horizonte até aos suaves contornos da Arrábida e do Cabo Espichel; para nascente, evidenciando-se os recortes abruptos da própria Serra de Sintra com as suas escarpas penedias e exuberante vegetação; enquanto para norte, a paisagem engloba vasta extensão de terra e mar até ao pronunciado istmo de Peniche; e, por fim, para poente, alcança-se em primeiro lugar o Promontório da Roca e, depois dele, apenas o imenso Oceano.
O interior da Ermida apresenta a capela-mor e o púlpito revestidos com elegantes mosaicos florentinos; encontrando-se o belíssimo retábulo de colunas torsas, atribuído ao arquitecto João Antunes, ornamentado com coloridos embutidos marmóreos… Permanecendo a nave desta pequena capela completamente forrada com magníficos azulejos, a azul e branco, que contam alguns passos da Virgem, enquanto que os painéis datados de 1711, que cobrem o corpo da nave são da autoria do pintor Manuel dos Santos.
A importância religiosa do Santuário de Nossa Senhora da Peninha – explicitada já, ao que parece, através de sucessivas campanhas de total remodelação e ampliação de que foi alvo nos séculos XVII e XVIII – reside no facto de ter actuado como um significativo centro de romagem, porquanto a esse lugar afluíam inúmeros “círios” e romarias, os quais, e extravasando o âmbito meramente local, adquiriram um evidente carácter regional, isto se atendermos sobretudo à vasta área geográfica envolvidas; Alongando-se o seu limite máximo até Lisboa, como atesta a inscrição patente na fonte da Peninha e que refere a uma romaria vinda de Lisboa, no ano de 1739 e mais a norte, ao Milharado, no concelho de Mafra.
Este fenómeno encontra-se plenamente justificado se considerarmos o cariz místico que envolve a fundação da Ermida da Peninha, explicada, segundo a lenda datável do século XVI, da aparição de Nossa Senhora a uma pobre pastorinha.

Lenda da Peninha
Vivia um casal muito pobre, que se governava com o amanho de uns “bocados “, como se dizia antigamente.
Esse casal tinha uma filha que era muda e aplicava o seu tempo a apascentar algumas ovelhas.
Em certo dia, uma das suas ovelhinhas, que era toda branca, afastou-se do rebanho e fugiu-lhe serra acima em grande correria. A pobre pegureira, temendo perder o lindo animal, correu atrás dele e só o consegui encontrar no alto do monte onde hoje se encontra a capela. Junto da ovelhinha, afagando-a estava uma menina muito bonita, o que deve ter causado grande admiração à pobre pastorinha.
Disse-lhe a menina que levasse o animalzinho para casa e lhe desse pão, que era coisa que a pobre muda sabia que não existir em casa. Foi isso que a pequena zagala, que nunca tinha falado, disse à jovem, que continuava a afagar a ovelha.
Então a linda menina retorqui-lhe: - vai, vai para casa e diz à tua mãe que na arca estão alguns pães.
Acedeu a pastorinha à recomendação e lá foi a caminho de casa com a sua ovelhinha branca. Chegada que foi ao modesto casebre em que vivia, começou a chamar a mãe, que não escondeu o seu espanto e alegria ao ouvir a filha falar. Repetindo à mãe o que lhe tinha dito a menina bonita, foram à arca e uma vez levantada a tampa, verificaram que dentro dela estavam alguns pães.
Divulgando o caso, os pais da pequena pastora, acompanhados por muitos campónios das redondezas, galgaram ao alto do cerro e não encontraram ninguém. Ao cabo de muitas buscas viram que, num buraco de uma pedra, estava uma imagem tosca de Nossa Senhora.
Profundamente crentes e convencidos de que a Virgem tinha santificado o lugar, levaram-na para a Capela de S. Saturnino, que se situa, já abandonada pelo culto, no sopé do morro da peninha.
No dia seguinte voltaram à pequena capela e ficaram admirados com o facto de a imagem já não estar no sítio onde a tinham deixado. Fizeram pesquisas e lá a foram encontrar no alto da penha; pegando-lhe, voltaram com ela para a capela de S. Saturnino. Estas andanças da imagem repetiram-se por três vezes.
Os aldeões, percebendo o desejo da Senhora, ergueram-lhe no alto do morro uma pequena ermida de pedra solta, de harmonia com as suas fracas possibilidades. Na parede do fundo meteram uma laje, sacada para fora, que passou a servir de trono e altar e ali colocaram a imagem da que passou a ser a Senhora da Penha ou Senhora da Peninha.
Cara D'Anjo

Peninha

Interior da Peninha

O que resta da Capela de S. Saturnino

Paineis de azulejos - Interior da Capela da Peninha