2009/01/05

Lampreia

Com o aproximar da época da lampreia, e como apreciadores que somos, deixamos aqui uma sugestão para os nossos visitantes.

Lampreia de escabeche

Toma-se a lampreia, mergulha-se em água fervente e, em seguida, estende-se sobre uma tábua e raspa-se com uma faca até que fique bem limpa; depois, esfrega-se toda ao comprido com um pano áspero e coloca-se numa travessa para sangrar. Com uma faca, abrem-se-lhe todos os orifícios que têm junto à cabeça, pelos quais saem o sangue, que se apara numa tigela com bom vinagre, para aproveitá-lo. Depois, prolonga-se o golpe ao longo da lampreia para lhe tirar a tripa e as ovas, querendo, querendo. Limpa-se bem por dentro e na cabeça dão-se-lhe dois golpes ao lado dos orifícios, pelos quais se arranca a espinha, que a lampreia ali tem.
Faz-se um refogado com azeite e cebola picada, refogado que se acrescenta com algumas pingas de água, depois de estar loira a cebola. Neste refogado deita-se a lampreia enrolada ou partida às postas, um ramo de salsa presa com um fio para se poder retirar, uma folha de louro, dentes de alho, sal e pimenta, e deixa-se cozer. Quando estiver cozida tira-se do lume, deita-se-lhe o sangue, um pouco de nós moscado, mexe-se bem o molho, leva-se ao lume brando e serve-se.
O molho pode aproveitar-se para temperar o arroz.

A Lampreia

Há três variedades de lampreia, lampreia do mar, fluvial e de água doce.
A primeira vem do mar, entrando nos rios para desovar. Tem a corpo comprido, roliço, tendo no extremo anterior uma cabeça oblonga com sete orifícios de cada lado, semelhantes aos de uma flauta, terminado por uma boca circular com lábio disposto para sugar e munida de muitas ordens de dentes. O extremo posterior é terminado por uma barbatana carnuda. Também tem duas barbatanas dorsais. A pele da lampreia é lisa e escorregadia, malhada no dorso que é escuro, de castanho, verde e amarelo, e clara e sem malhas na barriga.
A lampreia do mar entra nos rios entre os fins de Dezembro, faz ali a sua criação e volta ao mar geralmente em Abril.
Os nossos rios onde a lampreia entra (ou entrava) em maior quantidade são, o Minho, Montego e Tejo.
Este peixe Tem grande um valor pelas suas qualidades de sabor e aroma.

1 comentário:

Anónimo disse...

Oh caragos, pensava que era lampreia de ovos...