Na Serra de Sintra, no cume da alta elevação sobranceira ao
mar e que descai sobre ele, ergue-se a Ermida de Nossa Senhora da Peninha, (Freguesia de Colares), cuja origem remontará ao século XVI. Este templo de linhas puras e simples foi edificado no topo de um enorme penhasco granítico de difícil acesso, estando pois em perfeito isolamento num lugar onde se desfruta de um dilatado panorama que domina para sul, e na totalidade, a barra do Tejo, estendendo-se o seu horizonte até aos suaves contornos da Arrábida e do Cabo Espichel; para nascente, evidenciando-se os recortes abruptos da própria Serra de Sintra com as suas escarpas penedias e exuberante vegetação; enquanto para norte, a paisagem engloba vasta extensão de terra e mar até ao pronunciado istmo de Peniche; e, por fim, para poente, alcança-se em primeiro lugar o Promontório da Roca e, depois dele, apenas o imenso Oceano.
O interior da Ermida apresenta a capela-mor e o púlpito revestidos com elegantes mosaicos florentinos; encontrando-se o belíssimo retábulo de colunas torsas, atribuído ao arquitecto João Antunes, ornamentado com coloridos embutidos marmóreos… Permanecendo a nave desta pequena capela completamente forrada com magníficos azulejos, a azul e branco, que contam alguns passos da Virgem, enquanto que os painéis datados de 1711, que cobrem o corpo da nave são da autoria do pintor Manuel dos Santos.
A importância religiosa do Santuário de Nossa Senhora da Peninha – explicitada já, ao que parece, através de sucessivas campanhas de total remodelação e ampliação de que foi alvo nos séculos XVII e XVIII – reside no facto de ter actuado como um significativo centro de romagem, porquanto a esse lugar afluíam inúmeros “círios” e romarias, os quais, e extravasando o âmbito meramente local, adquiriram um evidente carácter regional, isto se atendermos sobretudo à vasta área geográfica envolvidas; Alongando-se o seu limite máximo até Lisboa, como atesta a inscrição patente na fonte da Peninha e que refere a uma romaria vinda de Lisboa, no ano de 1739 e mais a norte, ao Milharado, no concelho de Mafra.
Este fenómeno encontra-se plenamente justificado se considerarmos o cariz místico que envolve a fundação da Ermida da Peninha, explicada, segundo a lenda datável do século XVI, da aparição de Nossa Senhora a uma pobre pastorinha.
O interior da Ermida apresenta a capela-mor e o púlpito revestidos com elegantes mosaicos florentinos; encontrando-se o belíssimo retábulo de colunas torsas, atribuído ao arquitecto João Antunes, ornamentado com coloridos embutidos marmóreos… Permanecendo a nave desta pequena capela completamente forrada com magníficos azulejos, a azul e branco, que contam alguns passos da Virgem, enquanto que os painéis datados de 1711, que cobrem o corpo da nave são da autoria do pintor Manuel dos Santos.
A importância religiosa do Santuário de Nossa Senhora da Peninha – explicitada já, ao que parece, através de sucessivas campanhas de total remodelação e ampliação de que foi alvo nos séculos XVII e XVIII – reside no facto de ter actuado como um significativo centro de romagem, porquanto a esse lugar afluíam inúmeros “círios” e romarias, os quais, e extravasando o âmbito meramente local, adquiriram um evidente carácter regional, isto se atendermos sobretudo à vasta área geográfica envolvidas; Alongando-se o seu limite máximo até Lisboa, como atesta a inscrição patente na fonte da Peninha e que refere a uma romaria vinda de Lisboa, no ano de 1739 e mais a norte, ao Milharado, no concelho de Mafra.
Este fenómeno encontra-se plenamente justificado se considerarmos o cariz místico que envolve a fundação da Ermida da Peninha, explicada, segundo a lenda datável do século XVI, da aparição de Nossa Senhora a uma pobre pastorinha.
Lenda da Peninha
Vivia um casal muito pobre, que se governava com o amanho de uns “bocados “, como se dizia antigamente.
Esse casal tinha uma filha que era muda e aplicava o seu tempo a apascentar algumas ovelhas.
Em certo dia, uma das suas ovelhinhas, que era toda branca, afastou-se do rebanho e fugiu-lhe serra acima em grande correria. A pobre pegureira, temendo perder o lindo animal, correu atrás dele e só o consegui encontrar no alto do monte onde hoje se encontra a capela. Junto da ovelhinha, afagando-a estava uma menina muito bonita, o que deve ter causado grande admiração à pobre pastorinha.
Disse-lhe a menina que levasse o animalzinho para casa e lhe desse pão, que era coisa que a pobre muda sabia que não existir em casa. Foi isso que a pequena zagala, que nunca tinha falado, disse à jovem, que continuava a afagar a ovelha.
Então a linda menina retorqui-lhe: - vai, vai para casa e diz à tua mãe que na arca estão alguns pães.
Acedeu a pastorinha à recomendação e lá foi a caminho de casa com a sua ovelhinha branca. Chegada que foi ao modesto casebre em que vivia, começou a chamar a mãe, que não escondeu o seu espanto e alegria ao ouvir a filha falar. Repetindo à mãe o que lhe tinha dito a menina bonita, foram à arca e uma vez levantada a tampa, verificaram que dentro dela estavam alguns pães.
Divulgando o caso, os pais da pequena pastora, acompanhados por muitos campónios das redondezas, galgaram ao alto do cerro e não encontraram ninguém. Ao cabo de muitas buscas viram que, num buraco de uma pedra, estava uma imagem tosca de Nossa Senhora.
Profundamente crentes e convencidos de que a Virgem tinha santificado o lugar, levaram-na para a Capela de S. Saturnino, que se situa, já abandonada pelo culto, no sopé do morro da peninha.
No dia seguinte voltaram à pequena capela e ficaram admirados com o facto de a imagem já não estar no sítio onde a tinham deixado. Fizeram pesquisas e lá a foram encontrar no alto da penha; pegando-lhe, voltaram com ela para a capela de S. Saturnino. Estas andanças da imagem repetiram-se por três vezes.
Os aldeões, percebendo o desejo da Senhora, ergueram-lhe no alto do morro uma pequena ermida de pedra solta, de harmonia com as suas fracas possibilidades. Na parede do fundo meteram uma laje, sacada para fora, que passou a servir de trono e altar e ali colocaram a imagem da que passou a ser a Senhora da Penha ou Senhora da Peninha.
Cara D'Anjo
Peninha
Interior da Peninha
O que resta da Capela de S. Saturnino
7 comentários:
Eu já conheçia esta lenda, mas de uma forma mais sucinta (está no site da CMS). O nosso património é realmente muito rico e é importante preservá-lo.
Obrigada por divulgar tantas coisas bonitas da nossa terra.
Isabel Roma
Que belas fotos, só é pena é que nem todos consigam ter ecesso ao local! Sr.Cara d'Anjo como é que consegui fotografar o interir da Peninha?
Meu Caro F.Santos, Obrigado pelo elogio, são realmente fotos belas, difíceis de conseguir e fotografar.
Como as cobsegui? bem, isso é outra história... Digamos que tenho uma grande Paixão pela fotografia desde menino.
Um Abraço
Cara D'Anjo
Caro Cara d'Anjo, obrigado pela tentativa de me explicar, mas fiquei na mesma, pois nada explicou. Isso de ter uma grande paixão pela fotografia desde menino não explica como as conseguiu. Se calhar não pode é desvendar o segredo.
f santos,afinal está interessado nas fotos ou em tentar saber como as conseguiu?
posso adientar que não sei nem me interessa como,mas uma coisa sei é que o sr vca é muito dedicado ás fotos e como tudo na vida é uma questão de oportunidade,deixe o homem trabalhar á vontade e nos trazer estas maravilhas da nossa terra que muitos de nós nem sabiamos que existiam.
agora como tirou,se pediu ao caseiro ou ao porteiro se andou á chuva ou ao sol,se mora ou morou aqui ou ali,isso é o que menos interessa.
portanto sr. vca continue com a mesma paixão e quando puder e quiser partilhe connosco esta riqueza
saloio
Sr.Saloio, eu estou/estava interessado em ver com os meus próprios olhos, estas riquezas, que como eu já disse não deve ser para todos.
Sr.Cara d'Anjo não derperdice este seu amigo (Sr.saloio) pois ele só o defende, até mesmo onde não há razão para tal, pois eu sou um mero curioso.
Sr. Vitaino: Muito Obrigado por partilhar estas magnificas fotos e os seus conhecimentos.
Nuno
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