2007/11/09

Convento do Carmo

Convento do Carmo
Segundo o Guia de Cintra, Collares e Arrabaldes de:
J.Eusébio dos Santos

Sobranceiro à villa de Collares, cercado de frondoso arvoredo, dominando um vastíssimo horizonte está situado o antigo Convento do Carmo.
A licença para a sua construção foi dada em Lisboa, por D. Duarte, a 14 de novembro de 1436.
Depois da extincção das ordens religiosas ainda ali se conservaram alguns frades sendo mais tarde posto em praça passou à posse d’um particular que fez adaptar e augmentar em ampla casa de campo o antigo retiro monacal.
São explendidas as suas hortas e pomares.
A’ entrada da portaria há um claustro e na cêrca encontra-se outro que comunica com a igreja muito bem conservada e proporcional à grandeza do extinto convento.
Na cêrca de cima, na parte superior do terreno, existe uma represa ornamentada e com a assentos, muito aprazível. Próximo da represa existe um magnifico exemplar de cameleira muito redondo e muito copado, um dos melhores d’aquellas regiões.
Foi o convento do Carmo, ao tempo propriedade do conde de Lavradio, que Alexandre Herculano tendo por companheiros o Marquez de Sabugosa e Bulhão Pato, n’uma excursão de oito dias, feita a pé, começou a compor a Cruz Mutilada, soberbos versos inspirados por uma cruz que tinha um braço partido e estava a pouca distancia do Convento. Muito próximo ficam as ruínas da antiga ermida de Milides, quasi coeva da monarchia.

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