PALÁCIO DE D. DINIZ MELO E CASTRO
(“CASTELO DE COLARES”)
Largo do Pelourinho, Colares
Câmara Municipal de Sintra (Casa da Água)
Propriedade privada (Quinta)
A construção do Palácio dos Melo e Castro, em Colares, ter-se-á, por ventura, iniciado em cerca de 1620. O facto de se terem detectado alguns elementos pétreos manuelinos avulsos permitem supor que o edifício seiscentista se terá desenvolvido a partir de uma estrutura preexistente, nomeadamente – segundo uma tradição historiográfica – da Casa da Câmara, a qual, por sua vez, teria aproveitado a antiga alcazaba do hoje desaparecido castelo muçulmano.
Os restos deste palácio que terá ardido em meados do século XIX, foram demolidos nos inícios do século passado para ali se erguer a escola primária. Por conseguinte, da singular villa de sabor italianizante subsiste, apenas, uma arcaria de amplos vãos cegos e a casa da água, sustida por abóbada de canhão. A cobertura destes edifícios, de planta regular e contíguos, é única e forma um grande terraço lajeado, delimitado por murete com conversadeiras. A data de 1690 inscrita numa cartouche relevada sobre o arco abatido de acesso à casa da água, indicará, talvez, a época em que se revestiram as paredes exteriores, junto ao grande tanque, com frescos de cariz mitológico e influência italianizante, infelizmente quase desaparecidos.
(“CASTELO DE COLARES”)
Largo do Pelourinho, Colares
Câmara Municipal de Sintra (Casa da Água)
Propriedade privada (Quinta)
A construção do Palácio dos Melo e Castro, em Colares, ter-se-á, por ventura, iniciado em cerca de 1620. O facto de se terem detectado alguns elementos pétreos manuelinos avulsos permitem supor que o edifício seiscentista se terá desenvolvido a partir de uma estrutura preexistente, nomeadamente – segundo uma tradição historiográfica – da Casa da Câmara, a qual, por sua vez, teria aproveitado a antiga alcazaba do hoje desaparecido castelo muçulmano.
Os restos deste palácio que terá ardido em meados do século XIX, foram demolidos nos inícios do século passado para ali se erguer a escola primária. Por conseguinte, da singular villa de sabor italianizante subsiste, apenas, uma arcaria de amplos vãos cegos e a casa da água, sustida por abóbada de canhão. A cobertura destes edifícios, de planta regular e contíguos, é única e forma um grande terraço lajeado, delimitado por murete com conversadeiras. A data de 1690 inscrita numa cartouche relevada sobre o arco abatido de acesso à casa da água, indicará, talvez, a época em que se revestiram as paredes exteriores, junto ao grande tanque, com frescos de cariz mitológico e influência italianizante, infelizmente quase desaparecidos.
Texto de Maria Teresa Caetano (Mestre em História da Arte); Beatriz Fonseca (Historiadora);
Jorge Rodrigues Batista (Historiador da Arte)
Jorge Rodrigues Batista (Historiador da Arte)
Inscrição que se encontra na porta que dá acesso ao largo onde se encontra o Pelourinho (1690)
Nas paredes exteriores ainda são bem visíveis algumas pinturas
3 comentários:
A leitura deste livro deve ser apaixonante!
Assim como a história de Colares.
Mais destas transcrições.
As pinturas da última foto não serão grafitis?
Coitada da malta jovem, já os pré-históricos escreviam nas paredes, e só agora é que é crime.
C.F.
Convinha também dizer, para que se saiba como é utilizado o dinheiro público, que a Câmara Municipal de Sintra, adquiriu a propriedade onde está inserido o "castelo", há cerca de 15 anos, com mil e um projectos na manga... só que a manga devia ter um buraco tão grande, que os projectos foram-se pelo buraco, que nunca mais ninguém os viu...
Às vezes rebentam com a fechadura da porta e vandalizam, outras atiram para lá lixo, enfim, quando não houver pedra sobre pedra, então pensam nalguma solução, que por certo não terá nada a ver, com os interesses daquela Vila, tão esquecida e menosprezada, nem com a nossa riquíssima história.
Manel Saloio
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