No seguimento da nossa noticia "Legião Portuguesa" e para que os mais novos tenham um melhor conhecimento do que foi esta organização paramilitar constituída numa altura complicada da vida Portuguesa, achamos por bem dar alguns esclarecimentos.
Cara D'Anjo
A Legião Portuguesa (LP) foi uma organização paramilitar, criada em Portugal em 1936, 15 anos depois de Hitler ter fundado na Alemanha as SA (em 1921), o famoso grupo paramilitar dos camisas castanhas que foi determinante na sua subida ao poder em 1933. A Legião Portuguesa era uma milícia que estava sob a alçada dos Ministérios do Interior e da Guerra. O seu objectivo era "defender o património espiritual" e "combater a ameaça comunista e o anarquismo", de acordo com a ideologia do Estado Novo (Portugal). Durante a Segunda Guerra Mundial, a Legião Portuguesa foi a única organização oficial portuguesa que adoptou e defendeu abertamente as intenções de Hitler para a Europa.
A partir de meados da Segunda Guerra Mundial a Legião Portuguesa recebeu a missão de coordenar a Defesa Civil do Território. Essa missão manteve-se mesmo depois do fim da Guerra e, sobretudo a partir da entrada de Portugal na NATO, acabou por tornar-se a principal função da LP.
Nas décadas de 1950 e 1960, a sua acção policial caracterizou-se pela colaboração com a PIDE na repressão às forças da oposição, para a qual contribuiu o seu Serviço de Informações e a sua vasta rede de informadores. Foi também utilizada como força de choque na repressão de manifestantes e de instituições tidos por oposicionistas ao regime.
A partir de meados da Segunda Guerra Mundial a Legião Portuguesa recebeu a missão de coordenar a Defesa Civil do Território. Essa missão manteve-se mesmo depois do fim da Guerra e, sobretudo a partir da entrada de Portugal na NATO, acabou por tornar-se a principal função da LP.
Nas décadas de 1950 e 1960, a sua acção policial caracterizou-se pela colaboração com a PIDE na repressão às forças da oposição, para a qual contribuiu o seu Serviço de Informações e a sua vasta rede de informadores. Foi também utilizada como força de choque na repressão de manifestantes e de instituições tidos por oposicionistas ao regime.
3 comentários:
Uma outra actividade dos legionários,era assegurar que durante os processos "eleitorais", os mortos votassem.....tendo equipas devidamente organizadas com as certidões de óbito, de mesa eleitoral em mesa eleitoral...
É bom que não esqueçamos!
AP
Apesar de ainda se encontrarem alguns saudosistas destes tempos, a verdade é que já muito poucos conseguiriam voltar a viver um regime de repressão.
Esperemos que organizações como esta permaneçam presas na História e que, com mais ou menos abundância, continuemos a viver uma democracia onde é possível criticar, mas também intervir para melhorar (o que deveria acontecer mais).
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